"Acredito que estou cheia de coisas pra te contar, e provavelmente não contarei nem a metade. As coisas andam bem por aqui. Tanta coisa mudou, mudou e estou feliz assim, eu acho. Como eu já disse, eu não sei se o que faço está certo ou errado, eu sei que faço e sinto que tenho que fazer. Intuição, eu diria. Já não penso em como vai ser, penso em como está sendo. E o que vira, será mera conseqüência. Em particular, estou vivendo meus dias mais simples, mais leves, mais calmos. Encontrei minha paz comigo, encontrei minha paz contigo. Seria essa as palavras? Eu não sei, eu nunca sei, e perderia total graça saber de tudo na hora certa.
Comecei a achar graça em viver, acredita? Se vivemos como o padrão acabamos levando a vida muito a sério, e eu não quero isso, pra mim. Nada de pressa, de hora marcada, de PADRÕES. Tudo aconteceu tão rápido. Dizem por ai, que a vida passa em um piscar de olhos, então é melhor aproveitarmos o hoje e tentar mudar sempre, conforme os dias vão passando.
Deixei as coisas fluírem devagar, deixei o tempo me levar. Aceitei que todos nós somos completamente o oposto, embora as vezes parece haver alguma semelhança. Hoje vamos ser diferentes, e vamos viver diferente do comum. Igualdade e normalidade me incomoda. E eu estou longe de querer qualquer coisa que me incomode.
Eu queria lhe mostrar como aqui de dentro as coisas se tornaram mais claras, mais calmas. Eu já não sinto mais tanto frio. Minto. Sinto sim, sinto saudade. Mais saudade passa conforme a gente se alimenta. Ela se satisfaz, mais dessa saudade, eu não quero me satisfazer, não com outra pessoa."
terça-feira, 31 de agosto de 2010
domingo, 29 de agosto de 2010
"Back then I swore I was gonna marry him someday, but I realized some bigger dreams of mine..."
"O único motivo que ainda te escrevo, é justamente essa angústia de ter sempre algo a dizer, e por diversas vezes ter que ficar calada. Não por opção, e sim por obrigação. Creio que a monotonia tenha sido tamanha, a ponto de desmoronar tudo que construímos. Essa foi a verdade ou talvez só mais um eufemismo para algum defeito meu. Quero dizer que, estou em busca de uma aventura e talvez eu não tenha dado o tempo necessário pra você arrumar suas malas e se juntas a mim, mas isso não passa de uma metáfora, é óbvio.
Ah, eram tão mágicos aqueles tempos. Os nossos tempos. Era apenas aquilo, tua vida misturada a minha, tão natural, tão intenso. E você me olhava com os olhos atentos, fascinados. Eu, tão opaca.. Mas tudo vai passar meu caro, e só restará as lembranças boas, aquelas que lembraremos daqui a algum tempo e iremos rir.. Lembraremos como era fascinante o eu e o você, ter tornado um nós tão inexplicavelmente único.. E quando passar, vamos entender que todo amor excessivo requer um tempo de solidão. Um tempo pra crescer e aprender a deixar os receios de lado da maneira mais sutil possível.
Pois é, a triste verdade, é que as coisas foram se empoeirando, as luzes foram se ofuscando, e perdendo a luminosidade que tinha quando a acendemos, as cortinas foram se fechando antes mesmo de acabar o espetáculo.. E o que virá depois desse ciclo vicioso? Sobretudo, a necessidade.
Agora eu deixo o vento levar as magoas, as palavras perdidas, as desculpas não atendidas, os valores não dados, os apelos de paz não atendidos.. Deixo o vento levar junto com ele, toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa, e sopro pra eles irem longe de mim. Só não deixo que ele leve as memórias, porque fora a coisa mais fascinante que me resta. Portanto, depois de todo o processo, eu me levantei, me recompus, limpei o rosto, afastei a necessidade e segui em frente. Fiz isso, porque era a melhor coisa a se fazer, maybe."
Ah, eram tão mágicos aqueles tempos. Os nossos tempos. Era apenas aquilo, tua vida misturada a minha, tão natural, tão intenso. E você me olhava com os olhos atentos, fascinados. Eu, tão opaca.. Mas tudo vai passar meu caro, e só restará as lembranças boas, aquelas que lembraremos daqui a algum tempo e iremos rir.. Lembraremos como era fascinante o eu e o você, ter tornado um nós tão inexplicavelmente único.. E quando passar, vamos entender que todo amor excessivo requer um tempo de solidão. Um tempo pra crescer e aprender a deixar os receios de lado da maneira mais sutil possível.
Pois é, a triste verdade, é que as coisas foram se empoeirando, as luzes foram se ofuscando, e perdendo a luminosidade que tinha quando a acendemos, as cortinas foram se fechando antes mesmo de acabar o espetáculo.. E o que virá depois desse ciclo vicioso? Sobretudo, a necessidade.
Agora eu deixo o vento levar as magoas, as palavras perdidas, as desculpas não atendidas, os valores não dados, os apelos de paz não atendidos.. Deixo o vento levar junto com ele, toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa, e sopro pra eles irem longe de mim. Só não deixo que ele leve as memórias, porque fora a coisa mais fascinante que me resta. Portanto, depois de todo o processo, eu me levantei, me recompus, limpei o rosto, afastei a necessidade e segui em frente. Fiz isso, porque era a melhor coisa a se fazer, maybe."
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
domingo, 15 de agosto de 2010
Just love...
Ele dizia sentir minha falta... Eu fingia não ouvir. Ele disse que era pra não fazer aquela cara de braba que ele detestava, eu só fazia virar o rosto... Até que me agarrou pelos braços, sacudiu-me e disse que sentia muito minha falta, disse que era a única pra quem ele ligava quando precisava conversar.Eu não entendia. Não sabia no que acreditar. Não podia acreditar. Mas fui me deixando levar, parte porque eu queria me deixar, parte porque eu ia levando. Ele me abraçou forte por um tempo, depois começou a beijar meu pescoço. Eu não podia deixar aquele tipo de coisa, empurrei-o, bati-o, revirei-me toda, até que cai sobre ele no chão. Meu corpo em cima do dele, fazia uma cena tipo “Rei Leão”, olhos nos olhos e meu coração acelerou. Ele disse me analisando: “Te conheço como ninguém. Conheço tua respiração, conheço muito bem esse teu olhar, penetrante e perdido. Conheço teu sorriso e tuas feições.” Disse isso e outras coisas que não me recordo mais, talvez por essa parte ter sido mais marcante. Nem sei por quê; não sei explicar. Foi talvez a frase mais linda que ele já me disse com a cena talvez mais perfeita pela qual já passamos. E olha que cena perfeita é o que não falta nessa nossa conturbada relação. Ele se deitou sobre meu peito, depois se afastou e me perguntou sínico: “por que teu coração ta acelerado?” Como se ele não soubesse o efeito que tem sobre mim. Neguei que estava acelerado. Então ele se deitou sobre meu peito mais uma vez e me abraço forte. Meus batimentos só faziam acelerar ainda mais o ritmo. E então eu te pergunto, amor, o que queres de mim? Seja claro e sincero, não precisas mentir, já te dei provas de que não há necessidade disso. Não crio rodeios, nem faço escândalos, você sabe. Me conhece muito bem. Peço que continuemos assim, a passo de cágados, mas indo em frente sempre. Até o fim desta noite amor, sem arrependimentos, sem olhar pra trás... Só amor.
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Sentir-se amado..
O cara diz que te ama, então tá. Ele te ama.
Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.
Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se.
A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também?
Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois.
Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho".
Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato."
Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.
Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo.
(Martha Medeiros)
Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.
Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se.
A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também?
Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois.
Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho".
Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato."
Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.
Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo.
(Martha Medeiros)
quarta-feira, 11 de agosto de 2010

"Para atravessar agosto é preciso antes de mais nada paciência e fé. Paciência para cruzar os dias sem se deixar esmagar por eles, mesmo que nada aconteça de mau; fé para estar seguro, o tempo todo, que chegará setembro - e também certa não-fé, para não ligar a mínima às negras lendas deste mês de cachorro louco. É preciso quem sabe ficar-se distraído, inconsciente de que é agosto, e só lembrar disso no momento de, por exemplo, assinar um cheque e precisar da data. Então dizer mentalmente ah!, escrever tanto de tanto de mil novecentos e tanto e ir em frente. Este é um ponto importante: ir, sobretudo, em frente..."
"É uma pena correr com pulinhos enganados de felicidade e levar uma rasteira.
É uma pena ter o coração inchado de amar sozinha, olhos inchados de amar sozinha. Um semblante altista de quem constrói sozinho sonhos. Mas você não pode, não, eu sei que dá vontade, mas não dá pra ligar pro desgraçado e dizer: ei, tô sofrendo aqui, vamos parar com essa estupidez de não me amar e vir logo resolver meu problema?
Mas amor, minha querida, não se pede, dá raiva, eu sei. Raiva dele ter tirado o gosto do mousse de chocolate que você amava tanto. Raiva dele fazer você comer cinco mousses de chocolate seguidos pra ver se, em algum momento, o gosto volta.
Raiva dele ter tirado as cores bonitas do mundo, a felicidade imensa em ver crianças sorrindo, a graça na bobeira de um cachorro querendo brincar.
Ele roubou sua leveza mas, por alguma razão, você está vazia.
Mas não dá, nem de brincadeira, pra você ligar pro cara e dizer: ei, a vida é curta pra sofrer, volta, volta, volta.
É triste ver o Sol e não vê-lo se irritar porque seus olhos são claros demais, são tristes as manhãs que prometem mais um dia sem ele, são tristes as noites que cumprem a promessa.
É triste saber que falta alguma coisa e saber que não dá pra comprar, esquecer, implorar.
É triste lembrar como eu ria com ele.
Mas amor, você sabe, amor não se pede. Amor se declara: sabe de uma coisa?
Ele sabe, ele sabe."
É uma pena ter o coração inchado de amar sozinha, olhos inchados de amar sozinha. Um semblante altista de quem constrói sozinho sonhos. Mas você não pode, não, eu sei que dá vontade, mas não dá pra ligar pro desgraçado e dizer: ei, tô sofrendo aqui, vamos parar com essa estupidez de não me amar e vir logo resolver meu problema?
Mas amor, minha querida, não se pede, dá raiva, eu sei. Raiva dele ter tirado o gosto do mousse de chocolate que você amava tanto. Raiva dele fazer você comer cinco mousses de chocolate seguidos pra ver se, em algum momento, o gosto volta.
Raiva dele ter tirado as cores bonitas do mundo, a felicidade imensa em ver crianças sorrindo, a graça na bobeira de um cachorro querendo brincar.
Ele roubou sua leveza mas, por alguma razão, você está vazia.
Mas não dá, nem de brincadeira, pra você ligar pro cara e dizer: ei, a vida é curta pra sofrer, volta, volta, volta.
É triste ver o Sol e não vê-lo se irritar porque seus olhos são claros demais, são tristes as manhãs que prometem mais um dia sem ele, são tristes as noites que cumprem a promessa.
É triste saber que falta alguma coisa e saber que não dá pra comprar, esquecer, implorar.
É triste lembrar como eu ria com ele.
Mas amor, você sabe, amor não se pede. Amor se declara: sabe de uma coisa?
Ele sabe, ele sabe."
"Chega de você. Sei que andei falando demais, mas já é o suficiente para mim. É batalha perdida, é caso sem solução. Eu desisto. Se uns dias atrás me perguntava por que não desisto de você, agora eu renuncio. Sei que vai doer, por várias vezes será mais que tentador, mas não vai machucar mais que insistir em você. Não adianta. Nunca mudará. É que eu tenho uma certa mania de querer acreditar nas pessoas, ou querer me iludir. Gosto de você. Mas ainda gosto de mim. (...) Sua indiferença pode doer mas a minha vulnerabilidade com relação a você, existir não mais irá. E é assim que tem que ser. Se não é pra ser, não será. Mais que você, com certeza sei o que eu sou e sei o que eu preciso. E dessa vez, não é de você. É de mim."
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